terça-feira, 23 de outubro de 2012
PRESÉPIO
Presépio
Machado de Castro
Sinto nas mãos o musgo do presépio
que levantei no átrio do Convento;
de São Francisco imitei o afecto
ao celebrar o santo nascimento.
Dei muitos passos pelo monte acima
colhendo tufos verdes sem descanso;
cantava no moinho a pucarinha
enquanto ao fundo ia o Sizandro.
Não tive mais no tempo igual cuidado.
Hoje encontrei pedaços desse barro
que recriou perfeito o auto mudo.
Tirei do pó a vaca e as ovelhas,
pastores, anjos, magos e as estrelas.
Mas onde o sonho que animava tudo?
Abel da Cunha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário