sábado, 19 de maio de 2012

CARTAS PERDIDAS










ANNE PERRIER
Lausanne, 1922


A Cristovam Pavia
 XII

Deixaste aos nossos olhos o caminho
Mas não o vale nem a margem
Onde nos leva a viagem
Nem a uva ou a folhagem
Nem o constelado rio
Do translúcido Estio
Oh! tão eterna a vida

É só um instante abre o vidro!
No comboio da noite
Os meus olhos são flores de margarida


ANNE PERRIER
Grand Prix National de Poésie 2012

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