Partir é sempre adeus sempre saudade.
É leve o lenço de um adeus que acena.
Saudade é de quem chega e nunca sabe
Se o tempo que lhe resta vale a pena.
Ecoam vozes no portal de tábuas
Desfiguradas. Quantos peregrinos
Por terra firme ou por incertas águas
Saíram dele para os seus destinos?!
Passado o cabo dos trabalhos trazem
Florinhas entre as dobras da bagagem
Que a sorte alguma vez deixou cortar.
Para quem parte ou chega as portas são
Esperança enquanto há vida. Depois não.
Depois não há mais tempo a destinar.
Abel da Cunha
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