(Sátira com todo o respeito)
Num canto da Igreja um
harmónio
Gemia de palheta
deslassada
Além dos foles rotos. O
demónio
Não respondia bem à
pedalada.
Que havia de dizer o César
Franck
Se ouvisse distorcer as
suas peças
Pousadas a dormir sobre a
estante
Com pautas tresmalhadas e às
avessas?
Foi meu avô comprar o
instrumento
A Singeverga quando o
Convento
Inaugurou um órgão mais
canónico.
O Abade agradeceu. Num desaforo
Pô-lo num canto não o quis no coro
Onde moderno brilha um
eletrónico.
Abel da Cunha
1 comentário:
Adorei a sátira que tem um grande fundamento histórico e prático. São verdades sobre o instrumento. Parabéns, o texto é divertido demais.
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