Que lindas as laranjas! Sua cor
É o seu próprio nome entre o verde
Das folhas persistentes. Qualquer sede
Em doces gomos morre de sabor.
Que lindas as laranjas!
Que fulgor
De sol na sua face! Quem
escreveAqui no duro tronco um nome breve
Que permanece enquanto o tempo for?
E que memórias vão neste
lugar
Levadas no correr da mesma
águaChegando até ao fundo da raiz!
Também meu nome inteiro
irei gravar
Com fio de aço que não
mais se apagaNo pé da laranjeira: na matriz.
Abel da Cunha
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